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PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS CONTRA OS EFEITOS DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS (COMO EVITAR A QUEIMA DE APARELHOS EM EDIFICAÇÕES EXISTENTES)

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      Por Eng. Diogo Solka de Lemos
      Em 27/02/2018

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     A queima de aparelhos eletrônicos no interior de edificações que foram atingidas por raios é uma ocorrência comum. Pode-se dizer que é, inclusive, esperado. Uma descarga atmosférica libera centenas de megajoules durante a sua incidência, enquanto que para a queima de um aparelho eletrônico são necessários apenas alguns milijoules. Então, para uma edificação sem a devida proteção, não é de se espantar quando diversos equipamentos têm o seu funcionamento interrompido pela ação de um raio.

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A presença de um para-raios protege os meus equipamentos contra queima?

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     A resposta é não. O para-raios, nomenclatura popular dada ao Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), sozinho não tem a função de proteger equipamentos eletrônicos contra os danos causados pelos efeitos de descargas atmosféricas. O SPDA deve proteger a estrutura das edificações e as pessoas que habitam as suas instalações.

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Como é feita a proteção de equipamentos eletrônicos sensíveis contra os danos causados por raios?

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     A norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) dedica uma das quatro partes da norma “NBR 5419:2015 – Proteção contra Descargas Atmosféricas” integralmente à proteção de equipamentos eletrônicos sensíveis. É a Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura. Como a própria norma diz:

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Esta Parte da ABNT NBR 5419 fornece informações para o projeto, instalação, inspeção, manutenção e ensaio de sistemas de proteção elétricos e eletrônicos (Medidas de Proteção contra Surtos – MPS) para reduzir o risco de danos permanentes internos à estrutura devido aos impulsos eletromagnéticos de descargas atmosféricas (LEMP).¹

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     A parte 4 traz diversas MPS, tais como, equipotencialização, blindagem e coordenação de Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS), entre outras. Mas é no Anexo B que a implementação de MPS para uma estrutura existente é abordada. Trata-se de um anexo informativo, que logo em sua introdução já salienta que nem sempre é possível aplicar as MPS da norma em estruturas existentes. Portanto, o anexo B apresenta informações relevantes para melhorar a proteção contra surtos como um todo, em caráter não obrigatório.

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     Primeiro passo é a caracterização da estrutura (aspectos construtivos, estruturais, SPDA, etc.), da instalação (entrada de energia, antenas, etc.), dos equipamentos e outras questões relevantes para a concepção de projeto (aterramento, equipotencialização, etc.). A partir destas características deve ser feita uma análise de risco conforma a segunda parte da norma e identificar as medidas com melhor custo benefício a serem utilizadas.

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     De forma geral, a recomendação que predomina como base das MPS é a blindagem interna e uma interligação para equipotencialização e, caso não seja possível, ao menos um condutor em anel na fronteira das Zonas de Proteção contra Raios (ZPR) – zona onde o ambiente eletromagnético causado pelo raio é definido.

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Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS)

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     A instalação de um sistema de DPS coordenado é recomendada na proteção de cabos que cruzam de uma ZPR para outra. A função do DPS é proteger o equipamento quando a corrente da descarga atmosférica ocasionar um acréscimo de tensão à rede que excede a tensão suportada por ele. Cada DPS deve ser selecionado a partir da sua corrente nominal, que deve ser maior ou igual à corrente da descarga atmosférica esperada no seu ponto de aplicação da instalação, além do nível de tensão de proteção e a localização do dispositivo.

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     Porém, um sistema coordenado de DPS eficiente não depende somente da seleção dos dispositivos. A sua localização e as conexões de acordo com as seções mínimas exigidas são aspectos fundamentais. Além disso, o sistema coordenado de DPS deve seguir uma lógica de cascata com suas energias coordenadas, conforme as normas IEC 61643-12 e/ou IEC 61643-22¹. Cada DPS pertencente a esta cascata terá uma abrangência de proteção, podendo estar instalado na entrada de energia da estrutura ou localmente junto à tomada de um equipamento, de acordo com a sua classe de proteção.

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Qual é a forma correta de definir e implementar as MPS?

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     A forma correta de definir e implementar MPS para uma estrutura existente é através de um projeto de engenharia específico para este fim e instalado seguindo as recomendações das normas vigentes para a execução.

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     O próprio anexo B da parte 4 da ABNT NBR 5419 traz as etapas que devem ser seguidas na elaboração de um projeto de MPS. É um processo complexo que deve ser executado por um profissional legalmente habilitado. Para que a análise de risco, a definição das MPS aplicáveis, a delimitação das ZPR, o projeto das equipotencializações e blindagens, a escolha e coordenação dos DPS e demais medidas sejam executadas de forma eficiente e confiável para prover a segurança necessária. Tudo isso em harmonia com um SPDA corretamente projetado e com manutenção em dia garante um nível de proteção satisfatório para os equipamentos e pessoas dentro de uma edificação existente.

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Solicite uma avaliação gratuita das MPS à Solka Engenharia. Entre em contato através de um dos meios na seção abaixo! 

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Referências:

1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419: Proteção contra Descargas Atmosféricas, 2015

  

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